O edifício do museu “já evidenciava problemas de infiltrações” que, segundo a vereadora da cultura na Câmara das Caldas da Rainha, Maria da Conceição Pereira, “se intensificaram com a passagem do furacão Leslie [no dia 13] e obrigaram a acelerar o arranque das obras”.
O museu foi encerrado ao público “há cerca de uma semana” porque a autarquia considerou “não fazer sentido as pessoas visitarem” o espaço e, “quando chove, depararem-se com recipientes a aparar os pingos”, disse a vereadora à agência Lusa.
De acordo com a mesma responsável, o museu vai, para já, ser alvo de “uma intervenção preventiva, procedendo ao isolamento da cobertura”, mas posteriormente, “terá que ser feita a substituição integral da cobertura, cujo material se degrada mais rapidamente devido ao tipo de clima da zona e das caleiras por aço inox”.
Numa primeira fase, a intervenção incidirá nas situações mais críticas, com recurso à aplicação de materiais vedantes, seguindo-se - e após avaliação técnica mais aprofundada - a substituição do sistema de escoamento de águas e a reparação de alguns elementos da cobertura que estejam danificados.
A Câmara não avança qualquer estimativa sobre o valor da obra, nem sobre o prazo previsto de encerramento do museu ao público já que “o arranque da obra dependerá das condições meteorológicas”, acrescentou Conceição Pereira.
As infiltrações obrigaram ainda “à deslocação de algumas das esculturas existentes no interior do museu para outros locais”, mas Conceição Pereira afirmou que “não se verificou qualquer dano no espólio”, constituído essencialmente por esculturas.
O Museu Barata Feyo (1899-1990) foi projetado por um dos seus filhos, o arquiteto António Barata Feyo, e inaugurado em 2004 no Centro de Artes das Caldas da Rainha.
O espaço dá a conhecer a obra de Salvador Barata-Feyo, reunindo uma vasta coleção de retratos, estatuária oficial e estatuária religiosa do artista da segunda geração de escultores modernistas portugueses.
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