O regime militar, que tomou o poder num golpe de Estado a 01 de fevereiro de 2021, anunciou a imposição da lei marcial em 37 municípios, em oito das 14 regiões e estados do país, informou o diário controlado pelos militares The Global New Light of Myanmar.

Onze das cidades afetadas encontram-se na região de Sagaing e sete no estado de Chin, áreas no noroeste onde têm sido travados combates ferozes entre o exército e a guerrilha afiliada à Força de Defesa Popular (PDF) e aliados de milícias de minorias étnicas.

O PDF é a ala armada do autodenominado Governo de Unidade Nacional (NUG), formado na sequência da revolta por políticos depostos e ativistas pró-democracia.

A lei marcial substitui todas as outras leis, dando aos militares autoridade total sobre uma área específica, incluindo funções administrativas, judiciais e de aplicação da lei, o que permite a imposição da pena de morte por insurreição.

As outras áreas onde a lei marcial foi declarada encontram-se nas regiões de Magway, Bago e Tanintharyi, e nos estados de Kayah, Kayin e Mon.

Este anúncio surge na sequência da prorrogação de seis meses do estado de emergência, anunciada na segunda-feira durante o segundo aniversário da revolta militar.

Desde o golpe de Estado, pelo menos 2.948 pessoas morreram em resultado da repressão dos soldados e da polícia e 13.793 permanecem detidas, de acordo com números da Associação de Assistência aos Presos Políticos da Birmânia (AAPP).

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