“Hoje, peço ao exército birmanês que pare imediatamente com a repressão. Libertem os presos. Acabem com a violência. Respeitem os direitos humanos e a vontade do povo expressa nas últimas eleições”, pediu António Guterres, em um vídeo pré-gravado e transmitido na abertura da 46.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
No fim de semana, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou a violência levada a cabo pelas forças de segurança no Myanmar e afirmou que a União Europeia (UE) irá “tomar as decisões adequadas”.
A declaração surgiu depois de as forças de segurança birmanesas terem disparado munições reais contra manifestantes que protestavam contra a tomada do poder pela junta na segunda maior cidade do país, Mandalay.
Duas pessoas foram mortas, incluindo um jovem rapaz que foi baleado na cabeça, segundo socorristas.
O golpe militar, no dia 01 de fevereiro, atingiu a frágil democracia do Myanmar, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de novembro de 2020.
Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes.
Desde então, milhares de pessoas têm-se manifestado contra o golpe militar, sobretudo na capital económica, Rangum, e em Mandalay.
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