Depois do terremoto de 6,4 graus de magnitude, que aconteceu na madrugada de terça-feira, as autoridades decretaram estado de emergência nas duas cidades mais afetadas: Durres, na costa do Mar Adriático, e Thumane, a norte da capital Tirana. Vários edifícios desabaram nas duas localidades.

Desde então, as equipas de emergência têm lutado contra o tempo para encontrar sobreviventes nas montanhas de escombros, com o auxílio de cães farejadores e equipamentos. O país está a receber o apoio de mais de 200 especialistas italianos, gregos e franceses.

Durante a manhã, os bombeiros encontraram os corpos de um casal em Thumane, Pellumb e Celike Greku. O filho Saimir foi resgatado com vida na terça-feira à noite, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital, informaram parentes e vizinhos.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo Departamento de Defesa do país, 28 pessoas morreram na tragédia. As autoridades não anunciaram uma estimativa sobre o número de pessoas que estão presas nos escombros, mas o número de vítimas fatais pode aumentar consideravelmente. O terremoto também deixou 650 feridos, a maioria já com alta hospitalar.

A Albânia respeita hoje um dia de luto nacional. As comemorações da independência, previstas para 28 e 29 de novembro, foram canceladas.

O epicentro do tremor foi localizado no Mar Adriático, 34 km ao noroeste de Tirana, a 10 quilómetros de profundidade, de acordo com o Centro Sismológico Euromediterrâneo.

Vários tremores secundários foram sentidos depois do terremoto: o mais forte atingiu a magnitude de 5,3 graus.

O país é conhecido pelo urbanismo selvagem, especialmente nas zonas turísticas, o que terá agravado as consequências do sismo. De acordo com o sismólogo albanês Rrapo Ormeni este foi o terremoto mais potente registado na área turística de Durres desde 1926.

A mesma região da Albânia foi cenário em setembro de um terremoto de 5,6 graus, que na ocasião as autoridades consideraram o mais forte dos últimos 20 a 30 anos. Em 1963, um terremoto deixou quase mil mortos em Skopje.

Os Bálcãs são uma região de forte atividade sísmica pelos movimentos das placas tectónicas africanas e euroasiáticas, assim como da microplaca Adriática.