Os dois países, ambos com quem o Irão tem fronteira e com quem Teerão mantém boas relações, entraram hoje num conflito militar onde ainda está por esclarecer quem deu início às hostilidades ou quantas pessoas, militares e civis, foram vítimas.

Num comunicado, citado pela agência noticiosa oficial Irna, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirma “seguir de perto” e “com preocupação” as hostilidades entre as duas partes e convidou as autoridades arménias e azeris a darem provas de contenção e a cessarem os confrontos para que se possa abrir uma ronda de negociações de paz.

“[O Irão] Está pronto para utilizar todas as suas capacidades para se estabelecer um cessar-fogo e para se iniciar negociações entre as duas partes”, assegura o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Um conflito militar de grande envergadura entre Erevan e Baku poderá levar à intervenção das potências mundiais e das existentes no Cáucaso, como a Rússia e a Turquia, tendo a primeira, tal como irão, também manifestado disponibilidade para mediar o conflito e a segunda a anunciar “apoio total” às autoridades azeris.

A União Europeia (UE), Conselho Europeu, Rússia, França e Alemanha já reagiram aos acontecimentos em Nagorno-Karabakh, tendo pedido a cessação imediata do conflito e apelado à via negocial.

Até agora, está por conhecer o balanço das vítimas mortais e de feridos dos combates de hoje, com as autoridades de Baku a reivindicarem a morte de 16 soldados e ferimentos em mais de uma centena de outros combatentes arménios, embora esteja por confirmar a informação junto de fonte independente.

Por seu lado, as forças separatistas, apoiadas pela Arménia, admitiram que pelos menos 10 pessoas morreram, duas delas civis – uma mulher e uma criança.

Segundo o Ministério da Defesa da Nagorno-Karabakh, citado pela Interfax, o exército azeri perdeu quatro helicópteros, 15 drones ofensivos, 10 viaturas blindadas de transporte, bem como “várias pessoas”, o que também está por confirmar de fonte independente.

A União Europeia (UE), o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha já lamentaram os confrontos e pediram a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.

Por seu lado, a Turquia já manifestou “apoio total” ao Azerbaijão na disputa contra a Arménia, disponibilizando quaisquer equipamentos militares que Baku venha a solicitar.