O projeto-piloto de recolha de resíduos implementado este ano no recinto da Queima das Fitas do Porto permitiu a reciclagem de 68% dos resíduos produzidos na festa, anunciaram hoje a Câmara do Porto e a Federação Académica.

“O projeto-piloto de recolha de resíduos ‘Não dês barraca, recicla”, resultante da parceria entre a Federação Académica do Porto e a Porto Ambiente [da Câmara do Porto], implementado este ano no Queimódromo, fecha com balanço extremamente positivo, ao permitir a reciclagem de 68% dos resíduos produzidos”, lê-se num comunicado da Câmara do Porto.

Com o projeto, cada barraquinha foi convidada a depositar os seus resíduos na barraca especialmente criada para o efeito, conseguindo envolver “todos os participantes num esforço de tornar esta Queima a mais sustentável do país”, acrescenta a autarquia.

Segundo a Federação Académica do Porto (FAP), foram recolhidas “mais de 17 toneladas de vidro”, representando “mais de 50% dos resíduos recebidos”.

“Os valores demonstram o acolhimento desta iniciativa por parte de todos os envolvidos e um enorme esforço da parte da FAP que, em conjunto com as equipas da Porto Ambiente, mobilizou uma equipa de 14 voluntários da Comissão Ambiental, para a sensibilização de todos os participantes, de forma a garantir o correto encaminhamento destes resíduos”, lê-se num comunicado da FAP enviado à comunicação social.

Para além 68% de resíduos encaminhados para a reciclagem, houve também 32% de resíduos destinados à valorização energética.

A operação de reciclagem levada a cabo ao longo das noites da semana académica no Queimódromo envolveu mais de 30 operacionais, com a FAP a mobilizar 14 voluntários para esta missão ambiental.

A Câmara do Porto refere que a empresa municipal Porto Ambiente esteve também presente no Cortejo da Queima, numa “operação especial, montada nos Jardins do Palácio de Cristal” para desmantelamento dos carros alegóricos de cada faculdade, resultando “14,5 toneladas de resíduos", dos quais 98% foram encaminhados para reciclagem e 2% para valorização energética.

Os números "superam” os de 2022, quando a Porto Ambiente recolheu “11 toneladas de madeira e 700 quilos de monstros não metálicos”, lê-se no comunicado.

“A FAP demonstrou assim o seu empenho com o compromisso da meta da neutralidade carbónica da cidade para 2030, em linha com os objetivos do Pacto do Porto para o Clima que a instituição subscreveu desde a primeira hora e com o Pacto da Queima das Fitas do Porto para o Clima, iniciativa pioneira levada a cabo neste ano.