“Neste momento, o incêndio está extinto desde o dia 24 [sábado]. Entretanto, dia 25 [domingo] houve pequenos focos que voltaram a reacender, nomeadamente na Serra de Água [concelho da Ribeira Brava] e na Lombada da Ponta do Sol […] resultantes de ponto quentes", disse Marco Lobato, vogal do conselho de administração do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira.
Reforçando que desde sábado o incêndio “está totalmente extinto”, o responsável referiu que, neste momento, não existem “nem focos de incêndio, nem pontos quentes”.
Marco Lobato adiantou ainda que a chuva que caiu no concelho de Santana, na costa norte da Madeira, ajudou “imenso nesta fase de rescaldo”.
“De resto, tudo muito calmo e tranquilo neste momento”, sublinhou.
Contudo, o vogal do conselho de administração da proteção civil regional ressalvou que neste tipo de situações os operacionais “não podem deixar o teatro de operações”, sendo necessária efetuar “uma vigilância ativa” que está a ser assegurada “pelas equipas de combate a incêndios rurais nos diferentes concelhos”.
Essas equipas, acrescentou, realizam o patrulhamento e a vigilância das áreas já ardidas e das zonas que não foram afetadas pelo fogo.
Sobre o contingente dos Açores e do continente e os dois Canadair espanhóis que colaboraram no combate ao incêndio, Marco Lobato referiu que “já foram desmobilizados”.
Relativamente à Força Operacional Conjunta composta por 69 elementos que se deslocou do continente, o regresso será feito em dois voos da Força Aérea Portuguesa, um programado para as 18:00 de hoje e outro para as 12:00 de terça-feira, disse.
Quanto aos 15 bombeiros dos Açores “vão começar a retrair, mas faseadamente”, porque vão deixar a Madeira em voos comerciais, indicou ainda Marco Lobato.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana
Desde o início do incêndio, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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