Na cerimónia, que começou às 10:31 (01:31 em Lisboa), Naruhito, 59 anos, que sucede ao seu pai, Akihito, 85, recebeu uma réplica da lendária espada Kusanagi e mais uma jóia jade, assim como os selos imperiais, como prova da sua sucessão como o 126.º imperador do Japão.

O evento, que teve lugar numa das salas do Palácio Imperial em Tóquio, contou apenas com a presença apenas de membros masculinos da família imperial, bem como de representantes políticos.

A cerimónia, com o nome “Kenji para Shokei sem quimono”, durou apenas cinco minutos e contou com a presença do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

A nova imperatriz, Masako, não esteve presente. À direita de Naruhito estava o seu irmão, o príncipe Fumihito, primeiro na linha de sucessão.

A única mulher presente era Satsuki Katayama, membro do gabinete do primeiro-ministro japonês.

Este evento será seguido por outra cerimónia, também no Palácio Imperial, onde o Imperador Naruhito terá a oportunidade para abordar a nação com uma breve mensagem.

Ao fim de 30 anos, o reinado do imperador japonês Akihito terminou hoje ao abdicar em favor do filho mais velho, Naruhito.

Pela primeira vez em dois séculos, um imperador abdicou do trono em vida, em virtude de uma lei de exceção escrita especificamente para Akihito, que em 2016 tinha expressado o seu desejo de se poder afastar de funções, por “não poder exercer de corpo e alma” as tarefas de imperador, com problemas de saúde.

Com 85 anos, Akihito deixou o trono ao seu filho mais velho, o príncipe herdeiro Naruhito, de 59 anos, historiador de formação e propenso a ignorar a tradição imperial rígida e os protocolos severos do Japão.

Naruhito prometeu ajudar o Japão a avançar para a modernização da mais antiga monarquia reinante do mundo, tornando-se o imperador número 126 a subir ao Trono do Crisântemo.

A biografia de Naruhito não é a mais ortodoxa para o padrão dos príncipes herdeiros do Japão, tendo sido criado pela mãe, Michiko, e não pelo pessoal do Palácio Imperial, e tendo estudado no estrangeiro, em vez de ficar pelos estabelecimentos de ensino japoneses, como era tradição.