Esta missão consiste numa constelação de quatro pequenos satélites que farão observações 3D de toda a heliosfera interior, para aprender como a coroa solar se transforma no vento solar.

"O PUNCH [Polarimeter to Unify the Corona and Heliosphere] é a primeira missão especificamente concebida para unificar dois grandes campos da física solar: a coroa solar e o vento solar", sublinhou o investigador principal da missão, Craig DeForest, numa teleconferência com jornalistas.

A missão, que será lançada a partir da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia, "não antes de 27 de fevereiro", vai permitir aos cientistas estudar a interação entre os dois fenómenos em três dimensões, algo que até agora era estudado em separado.

No mesmo dia em que está previsto o início do PUNCH, a NASA lançará o telescópio SPHEREx para mapear o céu em infravermelhos e, conforme anunciado hoje, após estes quatro satélites, será lançado o EZIE, que explorará o Sol e o sistema que alimenta o clima espacial próximo da Terra.

Esta outra missão, que não começará antes de março, medirá o campo magnético associado às auroras boreais e austrais (luzes do norte e sul).

O Sol está no que os cientistas chamam de máximo solar, o período de maior atividade num ciclo de onze anos, e é por isso que a missão PUNCH será lançada este mês.

Pela mesma razão, a NASA enviou em dezembro a sonda espacial Parker a cerca de seis milhões de quilómetros da superfície do Sol, tornando-se no objeto feito pelo homem que mais se aproximou da estrela do sistema solar, de onde pode fazer medições sem precedentes.

A combinação de dados do Parker, PUNCH e EZIE ajudará os cientistas a compreender melhor o vento solar e outros segredos do Sol.