“Não creio que seja um escalar do conflito. Trata-se de uma adesão voluntária, são países que se juntam à Aliança porque se sentem mais seguros ao juntar-se à Aliança”, defendeu Helena Carreiras em resposta aos jornalistas.

A ministra da Defesa falava no ‘Joint Analysis and Lessons Learned Centre’ (JALLC), uma agência da NATO, localizada em Lisboa, num dia em que visitou vários organismos da Aliança Atlântica para assinalar os 74 anos da sua criação, que coincidiu com a adesão da Finlândia como 31.º estado-membro.

“Faremos como sempre: reforçaremos a nossa defesa. A NATO é uma aliança defensiva, quer defender o seu território, as suas populações e os seus valores e é isso que vamos continuar a fazer”, completou Helena Carreiras, que falava ao lado da embaixadora da Finlândia em Portugal, Satu Suikkari-Kleven.

A governante destacou que este é um “momento histórico” e espera que a Suécia – que aguarda a ratificação da Turquia e Hungria para aderir - possa ser o próximo país a juntar-se à NATO.

Na opinião de Helena Carreiras, com a adesão da Finlândia, a Aliança “fica mais forte” e Portugal “fica também mais seguro”.

Momentos antes, a bandeira da Finlândia foi colocada no interior do edifício desta agência da NATO ao lado das restantes 30, numa pequena cerimónia simbólica na qual foi oferecida à embaixadora da Finlândia em Portugal uma bandeira da Aliança Atlântica em miniatura.

Questionada sobre a posição do Kremlin, que em reação a esta adesão ameaçou tomar contramedidas e considerou que o alargamento da NATO é “um atentado à segurança” da Rússia, a embaixadora da Finlândia salientou que o país sempre foi “bastante aberto com a Rússia sobre as razões” desta decisão.

“Tem a ver com a nossa segurança e com a guerra de agressão que a Rússia começou. Temos também sublinhado bastante que a nossa adesão não é contra ninguém, não é direcionada contra ninguém. É uma aliança de defesa, é uma aliança que providencia dissuasão, para manter a paz. Esta é a principal mensagem”, completou.

A Finlândia, país que faz fronteira com a Federação Russa, tornou-se hoje oficialmente no 31.º Estado-membro da NATO, no mesmo dia em que a Aliança celebra 74 anos de existência.

Em 04 de abril de 1949 foi assinado, em Washington, o Tratado do Atlântico Norte. Portugal é um dos 12 membros fundadores da Aliança Atlântica, a par dos Estados Unidos da América, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega e Reino Unido.

São também membros a Grécia, Turquia, Alemanha, Espanha, República Checa, Hungria, Polónia, Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Albânia, Croácia, Montenegro, a Macedónia do Norte e agora, a Finlândia.

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