“Não há solução militar para resolver a situação na Líbia”, indicou o responsável da NATO em comunicado, numa altura em que os combates se intensificaram entre as forças paramilitares do marechal Khalifa Haftar, que avançam para Tripoli e as tropas do Governo de Acordo Nacional (GAN).
Jens Stoltenberg salientou que “a operação militar em curso e o avanço em direção a Tripoli aumentam o sofrimento do povo líbio e põem em perigo a vida dos civis” apelando as partes envolvidas a apoiar o processo político em curso sob os auspícios das Nações Unidas.
“Estamos profundamente preocupados com a situação na Líbia”, sublinhou o secretário-geral da Aliança, falando em nome dos 29 países membros da NATO.
A poucas horas da reunião do Conselho de Segurança da Nações Unidas, os conflitos intensificaram-se entre as forças paramilitares do marechal Haftar e as tropas do GAN.
O secretário-geral da ONU, António Guterres condenou, na segunda-feira à noite, a escalada da violência em torno da capital líbia, Tripoli, e pediu a suspensão imediata dos combates.
Também os Estados Unidos pediram, entretanto, “um cessar imediato” da ofensiva do marechal Haftar.
As grandes potências não conseguiram ainda encontrar no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) uma posição comum sobre a crise na Líbia.
Os confrontos já provocaram algumas dezenas de mortos e mais de 2.800 deslocados desde quinta-feira passada.
Violentos combates nas proximidades de Trípoli opuseram no domingo as forças paramilitares do marechal Haftar, que quer conquistar a capital, e as tropas do GAN, administração líbia que é reconhecida pela comunidade internacional.
País rico em petróleo, a Líbia ficou dilacerada após a queda do Presidente Muammar Kadhafi em 2011, que gerou múltiplos conflitos internos.
Entretanto, a ofensiva lançada na quinta-feira pelas forças do marechal Haftar, homem forte no leste do país que quer tomar Trípoli e estender seu domínio para oeste, marca uma clara degradação entre as duas principais forças que lutam pelo poder no país.
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