Numa mensagem hoje divulgada na rede social Twitter, o ministério refere ainda que “a detenção de Alexei Navalny é motivo de grande preocupação” e que “Portugal acompanha a situação de perto com os parceiros europeus”.

A posição de Portugal assemelha-se à já tomada por vários Estados, como a Alemanha, a França, o Reino Unido ou os Estados Unidos e por diversas organizações internacionais.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos exigiu a “libertação imediata” de Navalny, afirmando, numa mensagem no Twitter, estar “profundamente perturbado” com a situação.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a detenção de Navalny, exigindo a sua libertação imediata e, garantindo que vai “acompanhar a situação de perto”, sublinhou que “a detenção de opositores políticos é contra os compromissos internacionais da Rússia”.

“Continuamos também a esperar uma investigação exaustiva e independente sobre o ataque à vida de Alexei Navalny”, acrescentou ainda o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Por seu lado, a organização humanitária Amnistia Internacional também condenou a detenção, pedindo a sua “libertação incondicional”.

“Alexei Navalny foi privado da sua liberdade pelo seu ativismo político pacífico e por exercer a sua liberdade de expressão. A Amnistia Internacional considera-o um prisioneiro de consciência e apela à sua libertação imediata e incondicional”, referiu.

Navalny, principal figura da oposição ao Kremlin (Presidência russa), foi interpelado, no domingo, pela polícia à chegada ao aeroporto Cheremetievo de Moscovo, quando ia passar pelo controlo de passaportes, segundo testemunharam jornalistas da agência France-Presse (AFP) no local.

Os serviços prisionais russos adiantaram que Navalny, de 44 anos, “figura numa lista de pessoas procuradas desde 29 de dezembro de 2020 por múltiplas violações do seu período probatório”.

“Alexei foi detido sem que o motivo fosse explicado (...). Não me deixaram regressar para junto dele” após ter passado pelos serviços fronteiriços, afirmou, em declarações à AFP, a advogada do opositor, Olga Mikhailova.

Vários aliados e apoiantes de Navalny, incluindo o irmão do opositor, Oleg, foram também hoje detidos em Moscovo e em São Petersburgo.

O líder da oposição regressou à Rússia depois de quase cinco meses de tratamento médico na Alemanha, após ter sido envenenado com uma substância tóxica de uso militar, ato que, segundo o ativista, foi ordenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

Em 20 de agosto de 2020, Navalny sentiu-se mal e desmaiou durante um voo doméstico na Rússia, e foi transportado dois dias depois em coma para a Alemanha para ser tratado.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, assim como a Organização para a Proibição de Armas Químicas demonstraram que esteve exposto a um agente neurotóxico, do tipo Novichok, da era soviética.

As autoridades russas têm rejeitado todas as acusações de envolvimento no envenenamento.

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