"Afirmo que Putin está por detrás deste ato. Não vejo outras explicações", disse Navalny à revista alemã Der Spigel, que publica hoje, na edição digital, a primeira entrevista ao dirigente da oposição russa.
Navalny continua em convalescença na Alemanha depois de ter estado internado num hospital de Berlim.
Na mesma entrevista, Navalny reafirmou a sua intenção de regressar à Rússia quando estiver restabelecido do envenenamento.
"Não vou dar ao Putin o presente de não regressar à Rússia", disse.
"Tenho o dever de me manter como sou: alguém que não tem medo e eu não estou com medo", afirmou o principal oposicionista do Kremlin.
O político russo foi transferido para a capital alemã após uma deslocação à Sibéria onde terá sido envenenado com um agente nervoso do tipo Novitchok, uma substância desenvolvida por militares soviéticos nos anos 1970.
Navalny, 44 anos, ficou doente no dia 20 de agosto quando se encontrava a bordo de um avião sobre a Sibéria para onde se tinha deslocado para atos de campanha para as eleições regionais.
Três laboratórios europeus concluíram que foi envenenado pelo agente nervoso do tipo Novitchok.
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