"Depois da manobra de reboque da embarcação, é necessário avaliar as condições de segurança, procedimento que será levado a cabo pela Autoridade Marítima Nacional", afirmou o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN), Comandante Fernando Pereira da Fonseca.

A manobra para rebocar o navio “Betanzos” teve o apoio de um rebocador de grande capacidade e três rebocadores do Porto de Lisboa e demorou mais de 11 horas.

Segundo disse à agência Lusa o Comandante Fernando Pereira da Fonseca, “a operação começou às 02:30 e teve de ser interrompida até ao virar da maré”.

“A operação de reboque do navio começou com um rebocador de grande capacidade, após as 02:30, e foi depois interrompida até às 08:00 quando a maré começou a encher. Depois da entrada na barra, pelas 08:00, o navio foi puxado por dois rebocadores, e apoiado por outro, até ao cais do Beato”, explicou.

De acordo com a mesma fonte, o navio está atracado no cais do Beato desde cerca das 13:30 e deverá, ainda hoje, ser sujeito a uma inspeção de segurança feita pela Autoridade Marítima Nacional.

Contactado pela agência Lusa, o agente de navegação Portmar, representante do armador responsável pelo navio, disse que estão a ser “avaliadas as condições em que a embarcação se encontra”.

“Até ao final do dia será decidido qual o procedimento a seguir, depois de terminada a avaliação ao navio”, acrescentou.

O "Betanzos" encalhou na madrugada de dia 06 de março, cerca das 01:00, à saída da barra de Lisboa, após uma falha total de energia e da tentativa de fundear.

O navio, que estava encalhado perto do farol do Bugio, no forte de São Lourenço do Bugio, concelho de Oeiras, na foz do Rio Tejo, transporta oito mil toneladas de areia com sílica, usada na indústria de porcelana e cerâmica.

No dia 08, como medida de precaução devido ao mau tempo, os dez tripulantes e quatro elementos técnicos que seguiam a bordo foram resgatados do navio por um helicóptero da Força Aérea Portuguesa.