O partido de Netanyahu, o Likud, fará coligação com três partidos de extrema-direita e dois partidos ultraortodoxos.
Após esta informação ao Parlamento, começa oficialmente o processo para a tomada de posse, que foi convocada para a manhã de quinta-feira. No entanto, a votação pode ser adiada até à próxima segunda-feira, noticiou o ‘The Times of Israel’, citado pela agência Europa Press.
Benjamin Netanyahu, que se prepara para regressar ao poder como chefe de governo, tinha anunciado na quarta-feira que formou com sucesso uma nova coligação, num telefonema ao Presidente israelita, Isaac Herzog.
Netanyahu deve agora superar mais alguns trâmites como a formalização do seu acordo de coligação, encerrar a distribuição de pastas ministeriais dentro do Likud e concluir a redação de duas leis que os seus parceiros de governo exigem como pré-condições para dar o seu apoio ao novo executivo.
Os líderes dos partidos que serão da oposição reuniram-se hoje no Knesset e publicaram um comunicado conjunto, em que prometem colaborar entre eles, perante um governo que consideram demasiado religioso e extremista.
“Vamos colaborar para combater um governo retrógrado e antidemocrático que está a ser criado e que quer desmantelar Israel por dentro”, pode ler-se, no documento assinado por Yair Lapid (Yesh Atid), Benny Gantz (Unidade Nacional), Merav Michaeli (Trabalhista Partido), Avigdor Liberman (Yisrael Beiteinu) e Mansur Abbas (Raam).
“Prometemos que, quando voltarmos ao poder, revogaremos a legislação extremista que prejudica a democracia, a segurança e a economia da sociedade israelita”, acrescentaram.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita designado acusou Lapid, o chefe de governo cessante, de não ter entendido o resultado das eleições de 01 de novembro e pediu-lhe “responsabilidade”.
“Lapid, perder uma eleição não significa o fim da democracia. Você recusa-se aceitar a decisão do povo”, salientou, num vídeo divulgado nas redes sociais.
Nas eleições legislativas de 01 de novembro, Netanyahu e os seus aliados conquistaram uma maioria de 64 assentos parlamentares na Knesset entre 120 e o líder do Likud começou por prometer formar uma coligação rapidamente.
O processo acabou, porém, por ser mais complicado do que o previsto, em parte, porque os parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita do Lukud exigiram garantias firmes sobre o futuro projeto de governo.
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