A empresa, um serviço ‘online’ de ‘streaming’ norte-americano de vídeo por assinatura lançado em 2010 e disponível em mais de 190 países, afirmou ter investido o equivalente a 160 milhões de euros na produção de conteúdos cinematográficos em África desde que começou a trabalhar no continente em 2016.
“Expandir o nosso negócio aqui é uma coisa boa para a Netflix”, disse a empresa num relatório.
As operações africanas concentraram-se na África do Sul, Quénia e Nigéria, criando mais de 12.000 empregos, de acordo com a empresa.
“Isto é um começo, planeamos chegar a mais países do continente”, disse Shola Sanni, diretora da política da Netflix para a África subsaariana, numa conferência de imprensa em Joanesburgo.
Atualmente, a África do Sul é o maior contribuinte africano, com mais de 170 filmes, séries e documentários.
Em 2020, “Blood and Water”, uma série centrada numa adolescente da Cidade do Cabo que investiga o rapto da sua irmã à nascença, chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos da América (EUA).
“Vamos apoiar-nos nestes marcos para desenvolver o nosso negócio, enquanto continuamos a investir no apoio às economias criativas locais e amplificar cada vez mais contadores de histórias africanas no palco global”, prometeu a empresa.
Nos últimos anos, a Netflix tem-se concentrado em diversificar a sua produção fora dos EUA, alcançando grandes êxitos com séries como a espanhola “La Casa de Papel” e o drama distópico sul-coreano “Squid Game”.
Em 2021, a empresa associou-se à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para financiar seis curtas-metragens de jovens realizadores africanos.
“É tempo das grandes plataformas se aperceberem da riqueza e do valor das nossas histórias”, disse à agência France-Presse o cineasta sul-africano Gcobisa Yako, à margem da conferência de imprensa.
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