“Por fim conseguimos. Aí estão sentados, na mesa de diálogo, os porta-vozes e delegados da Mesa de Unidade Democrática (MUD), da oposição venezuelana”, disse, numa alocução transmitida em direto pela televisão.
Segundo Jorge Rodríguez, chefe da delegação que representa o Governo no processo de diálogo, na quinta-feira houve uma reunião preparatória de seis horas, na República Dominicana, centrada em temas como o fim do bloqueio económico e o respeito pelos direitos políticos.
“Conseguiremos derrotar a violência contra a Venezuela. A violência que vem sob a forma de bloqueio financeiro, sob a forma de sanções económicas”, disse, em declarações à imprensa, Jorge Rodríguez.
Além disso acrescentou que “não se pode negar os esforços infinitos do Presidente Nicolás Maduro em 2014, 2015, 2016 e 2017, de convocar um processo de diálogo franco, respeitador e frutuoso, que sente as bases para a convivência pacífica na Venezuela”.
O Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, vai retomar, em 01 e 02 de dezembro, as reuniões de diálogo com a aliança opositora MUD, na República Dominicana, nas quais participam o ex-presidente do Governo de Espanha, José Luís Rodríguez Zapatero e o ministro das Relações Exteriores dominicano, Miguel Vargas, segundo um comunicado.
Para a oposição foi um passo importante o Presidente Nicolás Maduro ter aceitado o acompanhamento internacional dos ministros dos Negócios Estrangeiros do México, Chile e Paraguai.
A oposição tem como “aspiração e objetivo fundamental” do diálogo conseguir “umas eleições presidenciais livres e transparentes, com observação internacional qualificada, com um Conselho Nacional Eleitoral imparcial e sem pessoas impedidas de se candidatarem”.
Também defende “o fim da perseguição, a libertação dos presos políticos e o regresso dos exilados, a necessidade de abrir um canal para prestar ajuda humanitária e a re-institucionalização dos poderes públicos”.
A retoma do diálogo estava inicialmente previsto para 15 de novembro mas foi a reunião foi suspensa pela oposição venezuelana, por falta de acordo sobre a presença de ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países.
“A razão é muito clara. Este é um processo de negociação internacional e vai começar quando estiverem [reunidos] todos os fatores internacionais”, disse na terça-feira o deputado da Assembleia Nacional da Venezuela, Luís Florido.
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