No domingo, com pouco mais de três minutos decorridos do jogo da 11.ª jornada da I Liga, que terminou com vitória por 3-1 dos ‘encarnados’, mais de uma centena de adeptos do clube minhoto instalados na bancada sul inferior do Estádio D. Afonso Henriques entraram de forma abrupta no relvado, na sequência de uma carga da PSP, que levou a uma interrupção de quase cinco minutos.
Em comunicado, hoje divulgado, a polícia esclarece que confrontos entre dois grupos de adeptos e duas ocorrências de violência contra agentes da autoridade causaram a intervenção policial.
Ainda antes do jogo, a PSP tinha sinalizado um “grupo de cerca de 500 adeptos afetos ao Benfica” que chegaram a Guimarães “de forma autónoma e em viaturas ligeiras”, procurando “enquadrá-los e acompanhá-los” até ao estádio, o que provocou “reação de um grupo de simpatizantes do Vitória”.
Esses adeptos arremessaram “pedras e garrafas de vidro na direção dos agentes policiais, que, entretanto, se colocavam de modo a evitar o confronto entre os adeptos dos dois clubes”.
Segundo a polícia, esta ocorrência surgiu ao mesmo tempo de uma tentativa de outros adeptos vitorianos de “forçar violentamente a saída do estádio”, junto às portas de acesso à bancada sul, através do arremesso de “pedras, garrafas e lages de betão contra polícias e assistentes de recinto desportivo, o que resultou em nove feridos entre os agentes policiais e obrigou à intervenção para reposição da ordem”.
O “movimento de adeptos e deflagração de vários artifícios pirotécnicos” terá sido a causa da confusão que levou à fuga dos espetadores para o recinto de jogo.
“A intervenção policial ocorreu apenas no exterior e teve por objetivo manter a distância entre os adeptos e evitar o confronto direto entre estes”, pode ler-se no comunicado, no qual a PSP diz que o comando distrital de Braga cumpriu “as suas obrigações e responsabilidades em matéria de segurança pública”.
O presidente do Vitória de Guimarães tinha pedido às forças policiais que expliquem a entrada "em pânico" de vitorianos em campo no início do jogo com o Benfica, da I Liga de futebol.
Júlio Mendes frisou que o caso não é inédito no recinto vitoriano e que este tipo de incidentes não é normal e “não pode voltar a acontecer”.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou no domingo ter solicitado um “processo de averiguações” aos incidentes.
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