“Os aviões russos bombardearam novamente a província de Idleb após uma pausa de 22 dias”, disse à agência France-Presse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.

Segundo o OSDH, os ataques tiveram como alvo 24 regiões e mataram pelo menos nove civis, incluindo cinco crianças de uma mesma família, ferindo 10 outras pessoas.

Os ataques aconteceram “no dia seguinte ao de ataques dos rebeldes contra posições das forças do regime (de Bashar al-Assad) na província vizinha de Lataquia, que causaram três mortos”, disse Abdel Rahmane.

Há várias semanas que o regime sírio vem juntado reforços junto à província de Idleb, situada junto à fronteira com a Turquia e onde vivem cerca de 2,9 milhões de pessoas.

O regime sírio quer reconquistar a província, 60% da qual é dominada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, formado por membros do antigo ramo da Al-Qaida) e que conta também com uma multitude de grupos rebeldes.

Segundo a ONU, uma ofensiva contra Idleb poderá provocar até 800.000 deslocados e “uma catástrofe humanitária”.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão pelo regime de manifestações pró-democracia, já causou mais de 350.000 mortos e obrigou milhões a deixarem as suas casas.