Segundo um comunicado divulgado pelo ramo, por "inaptidão física" ficaram de fora 13 candidatos e por "inaptidão psicotécnica" foram excluídos quatro militares.
Ao todo, foram excluídos 39 candidatos na fase de seleção.
O 128.º curso, que decorre nas instalações da Carregueira, Sintra, e terá a duração de 16 semanas, inicia-se com número igual de formandos ao do curso anterior, 67.
Desse número, segundo o comunicado, há ainda militares "condicionais", que só saberão se vão frequentar a formação após a "confirmação dos resultados de provas físicas a realizar imediatamente antes do início do curso".
Estão nesta situação 15 praças e três sargentos, que sendo já militares do Exército foram mandados regressar às unidades e só sexta-feira fazem a prova que lhes falta, segundo disse à Lusa o porta-voz do ramo, Vicente Pereira.
De acordo com os dados divulgados, apenas quatro militares desistiram a pedido, da categoria de praças, um deles já efetivo no Exército.
A "inaptidão médica" foi a principal razão de exclusão de candidatos: saíram 3 sargentos e 15 praças, dos quais cinco são militares do Exército e 10 são recrutas incorporados especificamente para as Tropas Especiais.
Por "inaptidão física" foram excluídos 13 militares, todos externos e, por "inaptidão psicotécnica" saíram quatro, um dos quais já militar do Exército.
O 128.º curso será ministrado por 19 formadores, cinco oficiais e 14 sargentos, numa equipa que não inclui qualquer formador do anterior.
O curso anterior ficou marcado pela morte dos recrutas Hugo Abreu e Dylan Araújo, em setembro do ano passado. As mortes estão a ser investigadas pelo ministério público e, até ao momento, há 18 arguidos.
Na sequência de uma Inspeção Técnica Extraordinária ao 127.º curso, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, promoveu algumas mudanças que visam garantir mais condições de segurança para os recrutas, que incluem um reforço do número de médicos disponíveis - de dois para quatro - do controlo médico na fase de seleção e durante o curso e uma "redistribuição" dos parâmetros de recuperação, água, sono e alimentação.
Os instrutores tiveram formação específica em "fisiologia do esforço" e "medicina desportiva" para fiquem mais habilitados a perceber os sinais de exaustão ou falência, disse à Lusa o tenente-coronel Vicente Pereira.
Por outro lado, a formação prestada na Escola Preparatória de Quadros aos formadores do curso de Comandos também foi reforçada no sentido de haver maior rigor no cumprimento das orientações estabelecidas superiormente.
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