“Tenho a segurança como ativo estratégico da sociedade e da economia e estou ciente que Portugal está em muito bom lugar. Estou também ciente que não podemos considerar esta vantagem competitiva como um dado adquirido, pelo que é em tempo de bonança securitária que se podem testar sistemas e planos operacionais”, disse o embaixador.

Paulo Vizeu Pinheiro tomou hoje posse como novo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, sucedendo a Helena Fazenda, que ocupava o cargo desde 2014, numa cerimónia que decorreu em São Bento.

O embaixador prometeu “interpretar da melhor forma a letra e o espírito a lei de segurança interna e legislação conexa a respeito das funções de coordenação, direção, controlo e comando operacional”.

“Já servi nas informações, já servi na defesa, vou servir agora na segurança interna. Espero ser uma mais-valia para todos, potenciado sinergias e trabalho conjunto no respeito das capacidades e talentos de cada força e serviço”, frisou.

Paulo Vizeu Pinheiro salientou também que encara o cargo de secretário-geral do Sistema de Segurança Interna “como uma missão de serviço público”.

“Juntos cá dentro, somos mais fortes no contexto europeu e internacional, sobretudo tendo em vista a evolução digital em curso e uma certa agitação geopolítica que assistimos e que naturalmente tem consequências a nível da segurança interna”, disse ainda.

Paulo Vizeu Pinheiro, que exercia atualmente funções de embaixador de Portugal em Moscovo, foi indigitado no início de julho pelo primeiro-ministro para secretário-geral do Sistema de Segurança Interna.

Diplomata desde 1987, Paulo Vizeu Pinheiro desempenhou funções de adjunto diplomático do primeiro-ministro Durão Barroso e assessor diplomático de Pedro Passos Coelho, foi diretor-geral adjunto do Serviço de Informações Estratégicas, de Defesa e Militares (2002), diretor-geral interino do Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (2005) e diretor-geral de Política de Defesa Nacional (2007).

Criado em 2008, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, também conhecido por “superpolícia”, coordena a ação das forças e serviços de segurança e pode assumir, em determinadas situações, a direção, comando e o controlo dessas forças tendo também responsabilidades executivas na organização de serviços comuns, como é o caso do Sistema Integrado de Redes de Emergências e Segurança de Portugal (SIRESP) e da Central de Emergências 112.

O Relatório Anual de Segurança Interna, que reúne as estatísticas da criminalidade das forças e serviços de segurança, é uma das responsabilidades do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna.