A região central de Itália voltou a ser abalada  por um sismo, três dias apenas após os dois abalos registados a meio da semana. De acordo com as primeiras informações, o sismo teve uma magnitude de 6,5 na escala de Richter e até ao momento não há registo de vítimas. O sismo registou-se às 07:40 locais e, segundo avança a BBC, a uma profundidade de apenas 1,5 Km (recorde-se que os dois sismos registados na quarta-feira tinham sido registados a 9 km de profundidade na região de Macerata, em Marche, centro de Itália).

De acordo com informações da Proteção Civil italiana, existe cerca de uma dezena de feridos, a maior parte dos quais sem gravidade, com excepção de uma situação que inspira maiores cuidados.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, também citado pela BBC, o epicentro registou-se a 68 quilómetros a sudeste de Perugia e perto de uma pequena cidade chamada Norcia. Esta cidade acolhe o  mosteiro de San Benedetto, e os monges colocaram no Twitter  uma imagem da respectiva basílica destruída pelo sismo.

Também a produtora e correspondente da EWTN News Nightly em Rome, Mary Shovlain, colocou na sua conta de Twitter um vídeo realizado em Norcia esta manhã em que monges e freiras rezam na praça principal de Norcia.

À semelhança do que aconteceu na quarta-feira, o sismo foi também sentido em Roma.

O sismo de hoje foi  o mais forte dos três abalos registados desde 24 de agosto. Nesse dia, o abalo teve epicentro a sudeste de Norcia, na província de Perugia e na região da Umbria, registou-se a dez quilómetros de profundidade.

Alerta na sexta-feira para novos sismos

Outros fortes sismos poderão acontecer na região central da Itália após os dois desta semana e o de agosto passado - tinha alertado nesta sexta-feira, 28 de outubro, o organismo italiano encarregado de avaliar grandes riscos. "Não há nenhuma evidência neste momento de que a sequência (sísmica) em curso tenha chegado ao fim", disse a Comissão Nacional para Previsão e Prevenção de Grandes Riscos (CGR).

O organismo afirmou ter identificado, após o tremor de terra que deixou quase 300 mortos em 24 de agosto, três zonas onde poderia ocorrer uma forte atividade sísmica.

Todas essas áreas são "adjacentes à falha (na crosta terrestre) responsável" pela tragédia que destruiu cidades inteiras, explicou a CGR no seu comunicado.

Além disso, essas zonas não tinham "visto terremotos grandes e recentes" (no momento em que o estudo foi feito) e eram suscetíveis de serem sacudidas por "terremotos de magnitude elevada (6-7)".

Os sismos da quarta-feira (de 5,5 e 6,1 graus de magnitude, respectivamente) "ativaram uma das zonas identificadas pela Comissão, ao norte do terremoto de agosto, enquanto que as outras duas não se moveram", segundo a CGR.

Essas duas últimas zonas, situadas na Cordilheira dos Apeninos, no centro da Itália, "constituem possíveis fontes de terremotos futuros na região", advertiu.

A Comissão afirmou que não "pode descartar que a atividade sísmica continue ao norte do Vettore-Bove", nome dos dois montes no limite entre as regiões de Úmbria e Marcas.

O organismo também descreveu os sismos de quarta-feira que provocaram o desabamento de casas, mas não deixaram mortos, como sendo típicos dos registrados nos Apeninos, e advertiu que a história mostrou que estes podem ser seguidos por fortes terremotos, mesmo com alguns meses de intervalo.