A porta-voz da UNICEF, Marixie Mercado, diz que não tem explicação para o aumento para 83 crianças utilizadas como "bombas humanas" este ano, dois terços delas raparigas, em comparação as 19 em todo o ano passado.

Marixie Mercado disse que o Boko Haram nem sempre reivindica a responsabilidade por tais ataques, normalmente contra alvos civis, mas nenhum outro grupo é conhecido por usar esta tática.

A porta-voz referiu ainda que “muitas crianças que conseguiram escapar do cativeiro enfrentam rejeição quando tentam reintegrar-se nas suas comunidades”.

As Nações Unidas estimam que o grupo rebelde Boko Haram já fez deslocar 1,7 milhões de pessoas e provocou a morte de outras 20 mil desde 2009.

O Boko Haram atua principalmente na região norte da Nigéria e também em países vizinhos como o Camarões e o Chade.