De acordo com o IEFP, no final de fevereiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 431.843 desempregados.

Este número representa 71,2% de um total de 606.540 pedidos de emprego.

Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, segundo o IEFP, “contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”.

A nível regional, no mês de fevereiro, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país.

Dos aumentos homólogos, sinaliza, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (com mais 74,4%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (com mais 52,9%) e da região da Madeira, com mais 30,4%.

O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2020, com maior expressão no setor dos serviços (mais 43,7%).

Segundo o IEFP, a desagregação deste setor de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de alojamento, restauração e similares (com mais 70,6%), seguidas das atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (54,4%) e dos transportes e armazenagem (50,8%).

No setor secundário, destaca-se a subida nos ramos da indústria do couro e dos produtos do couro (mais 46,7%), da fabricação de veículos automóveis, componentes e outros equipamentos de transporte (39,6%).

As ofertas de emprego por satisfazer, no final de fevereiro de 2021, totalizavam 11.714, nos serviços de emprego de todo o país.

Este número corresponde a uma redução anual (de 2.105, menos 15,2%) e a um aumento mensal (de 979, mais 9,1%) das ofertas em ficheiro.

Numa nota enviada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a tutela sinaliza que, segundo os dados do IEFP, mais de 104 mil desempregados estavam em medidas ativas, um aumento de 2,6% face a janeiro e de 28% face ao mês homólogo, fevereiro de 2020.

As entradas no desemprego diminuíram 16,3% em fevereiro face janeiro e caíram 6,8% em comparação com fevereiro de 2020.