“O número de mortos é de 57”, disse hoje a porta-voz da polícia grega, Constantia Dimoglidou, admitindo que o número poderá ainda aumentar, já que têm surgido casos de pessoas que estavam nos comboios e não foram dadas como desaparecidas por familiares.
Este foi o mais grave acidente ferroviário na Grécia, tendo provocado também ferimentos em mais de uma centena de pessoas, 48 das quais ainda se encontram hospitalizadas, a maioria na cidade de Larissa, no centro do país.
As equipas de resgate dizem que os esforços para recuperar os corpos das vítimas está a tornar-se mais difícil, à medida que o tempo passa.
“Conseguimos ver que há mais corpos [entre os destroços]. Mas, infelizmente estão em péssimas condições, por causa da colisão”, admitiu o porta-voz dos bombeiros gregos, Yiannis Artopios.
O chefe da estação ferroviária de Larissa, que foi detido logo após a colisão, foi acusado de homicídio negligente e por provocar danos físicos graves.
Entretanto, vários sindicatos e associações de trabalhadores ferroviários convocaram greves, interrompendo os serviços de transportes, em protesto contra as condições de trabalho e denunciando falhas perigosas na modernização do sistema ferroviário grego, devido à falta de investimento público.
O ministro dos Transportes, Costas Karamanlis, demitiu-se após o acidente e o seu substituto foi encarregado de abrir um inquérito independente para apurar as causas do acidente, que permanecem por esclarecer cabalmente, com as primeiras indicações das autoridades a apontarem para erro humano.
“Vamos trabalhar para que não volte a acontece um acidente como este. E esta não será uma promessa vazia”, garantiu o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, num discurso televisionado, na noite de quarta-feira.
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