O artigo do jornal, atualizado este sábado, indica que 42 dias depois do furacão ter tocado terra na ilha, em 20 de setembro, morreram mais 1.052 do que o habitual, ou seja, comparativamente ao número de mortes verificado no mesmo período em 2016 e em 2015.

De acordo com a análise efetuada pelo New York Times (NYT), que utilizou estatísticas oficiais da ilha, 25 de setembro figurou como o dia com o maior número de mortes, com o registo de 135, contra 70 em 2016 e 60 contabilizadas em 2015.

Os números podem, com efeito, ser maiores, dado que, sublinha o jornal, o registo dos óbitos referente a outubro está incompleto, uma vez que a eletricidade ainda não foi totalmente restabelecida, o que, por conseguinte, atrasa a recolha dos dados.

No dia 25 de setembro, diz o NYT, a temperatura rondava os 22 graus e a maior parte da ilha estava sem eletricidade, incluindo hospitais, o que dificultou o funcionamento dos centros de diálise ou de aparelhos de respiração artificial, bem como o fornecimento de medicamentos.

O Centro de Jornalismo de Investigação de Porto Rico publicou, na quinta-feira, informações que apontam no mesmo sentido, ao estimar a ocorrência de mais 1.065 óbitos do que o habitual na ilha em setembro e outubro, após a passagem do furacão Maria.

O NYT indica ainda que as mortes causadas por sepsia, diabetes ou Alzheimer multiplicaram-se comparativamente a anos anteriores. No caso da sepsia, o aumento foi na ordem dos 50%, uma situação que poder-se-á explicar com “tratamentos médicos atrasados ou condições precárias em lares e em hospitais”.

À medida que vão sendo publicadas informações sobre as mortes relacionadas com a falta de eletricidade em hospitais ou complicações com equipamentos, as autoridades têm declarado a sua vontade de atualizar o número de mortos, reconhece o jornal nova-iorquino.

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