De acordo com este organismo independente, ligado ao Governo, os residentes de Metekel, uma zona na região de Benishangul-Gumuz, foram mortos de madrugada enquanto dormiam.

Este ataque é o mais recente de uma série de atentados nos últimos meses na região, onde residem habitantes dos grupos étnicos oromo e amhara – os dois mais numerosos no país – e shinasha, adianta a agência de notícias AFP.

Segundo os dirigentes locais, estes ataques são perpetrados por membros da etnia gumuz e motivados por fatores étnicos.

“[A Comissão] continua a acompanhar com as autoridades competentes a situação em Benishangul-Gumuz e confirma que o número de mortos devido ao ataque (…) na madrugada de 23 de dezembro de 2020 subiu para 207″, refere-se no texto, publicado na sexta-feira à noite e divulgado pela AFP.

O número de mortos foi aumentado na sexta-feira pelas autoridades locais, que realizaram os funerais das vítimas.

“O esforço para identificar as vítimas continua com a ajuda de sobreviventes e dos cartões de identidade”, avançou a comissão, acrescentando que as vítimas, na sua maioria homens (133 mortos), incluem também mulheres, crianças e idosos.

A Comissão Etíope dos Direitos Humanos volta a apelar à “ajuda humanitária” com urgência e está preocupada com o número de deslocados, salientando que mais de 10.000 residentes da cidade de Bekuji Kebele estão a marchar em direção a Bulen, uma das principais cidades da região, que já acolhe “milhares” de deslocados.

Na quinta-feira, as autoridades regionais anunciaram que o exército etíope tinha matado 42 homens armados acusados de participar no massacre, sem especificar quem eram.

O primeiro-ministro, Abiy Ahmed, que classificou o ataque como uma “tragédia”, atribuiu a violência na região aos combatentes do estado vizinho sudanês do Nilo Azul, onde estão “armados e treinados” e apelou a Cartum para resolver o problema.

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