Os ventos fortes e chuvas intensas provocaram ainda 500 feridos, de acordo com os números oficiais, citados pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e Associated Press (AP).

As autoridades admitiram que o balanço de vítimas pode aumentar, porque várias cidades e aldeias continuavam hoje isoladas devido a falhas de comunicações e cortes de energia, embora estivessem em curso esforços de limpeza e reparação.

O tufão devastou áreas inteiras onde os sobreviventes precisam urgentemente de água limpa e alimentos, disseram as autoridades.

Mais de 400.000 pessoas foram deslocadas para abrigos, depois de terem sido obrigadas a fugir das suas casas e áreas costeiras quando o Rai passou no arquipélago, entre quinta e sexta-feira.

No seu ponto mais forte ao passar pelas Filipinas, o Rai apresentou ventos constantes de 195 quilómetros por hora (km/h), com rajadas de até 270 km/h, sendo considerado um “supertufão”.

Muitas das vítimas foram mortas pela queda de árvores e desmoronamento de muros, inundações repentinas e deslizamentos de terras.

Mais de 700.000 pessoas foram afetadas nas províncias das ilhas centrais, e milhares de residentes foram resgatados de cidades e aldeias inundadas, muitos dos quais se refugiram nos telhados para não serem arrastadas pelas águas.

Os navios da guarda costeira transportaram 29 turistas norte-americanos, britânicos, canadianos, suíços, russos e chineses que ficaram retidos na ilha de Siargao, um destino de surf popular que foi devastado pelo tufão, disseram as autoridades.

As equipas de emergência estavam a tentar retomar o fornecimento de eletricidade em 227 cidades e vilas, mas a energia só tinha sido restaurada hoje em apenas 21 áreas, informaram as autoridades.

Os sistemas de comunicações via telemóveis em mais de 130 cidades e vilas foram cortados pelo tufão, mas pelo menos 106 tinham sido reativados até hoje.

Dois aeroportos locais continuavam fechados hoje, exceto para voos de emergência, mas reabriram os outros que tinham sido afetados, disse a agência de aviação civil.

Depois de passar nas Filipinas, o Rai entrou no Mar do Sul da China e perdeu força, passando de “supertufão” a um “ciclone tropical severo”, segundo os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau, que içaram hoje o sinal 1 de alerta de tempestade tropical.

Esta é a primeira vez desde 1974 que é içado um sinal de tempestade tropical em Macau em dezembro.

O Rai ocorreu particularmente tarde para a habitual época de tufões, em que a maioria das tempestades tropicais se formam no Oceano Pacífico entre julho e outubro.

Os SMG de Macau admitiram a possibilidade de vir a ser içado o sinal 3 de alerta.

A escala de alerta de tempestades tropicais na região é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.