O Tribunal Provincial de Neuruppin acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público em fevereiro passado contra esta pessoa, que não foi identificada, por cumplicidade nos assassinatos de presos entre janeiro de 1942 e agosto de 1944 e entre dezembro de 1944 e fevereiro de 1945 durante sua atividade como guarda de um campo de concentração durante a II Guerra Mundial.

A historiadora Stephanie Bohra, colaboradora científica do centro de documentação de Berlim Topografia do Terror, destacou a abertura do processo, lembrando que “o assassinato não prescreve”, pelo que deve ser levado à justiça.

“É sobre o esclarecimento de crimes e os ex-prisioneiros têm a oportunidade de relatar o que aconteceu ali”, considerou a historiadora.

O advogado Thomas Walther, que durante anos representou a parte civil nos processos mais recentes contra o regime nazi também participará no processo.

“Sachsenhausen defendia a liderança nazi, às portas de Berlim, da sua ilusão de controle sobre a vida e a morte”, disse, acrescentando que muitos dos que compõem a parte civil “têm a mesma idade dos acusados e esperam que seja feita justiça”.

Cerca de 200.000 prisioneiros foram colocado no campo de concentração de Sachsenhausen, dos quais cerca de 20.000 foram mortos.