
O pontífice argentino, de 88 anos, que continua a receber oxigénio através de uma cânula nasal, chegou ao Vaticano sentado no banco da frente de um Fiat 500 L branco. Agora deverá repousar por pelo menos dois meses, segundo os seus médicos.
O Papa Francisco apareceu hoje à janela do Hospital Gemelli de Roma, na sua primeira aparição após 38 dias de internamento, saudando os fiéis que aguardavam, no dia em que tem alta.
Francisco reconheceu uma fiel no meio da multidão, "brava", disse, acenando para uma mulher que distribuía flores amarelas e que costuma marcar presença nas audiências gerais de quarta-feira. Depois agradeceu aos presentes: "Agradeço a todos". E, por fim, deixou a sua benção.
Minutos depois de acenar e falar à multidão, Francisco saiu do Hospital rumo a Santa Marta, onde deverá continuar a sua recuperação.
Contudo, devido a todo o quadro clínico, "não se pode esperar que retome já a vida normal". Assim, espera-se "um longo período de convalescença", uma vez que necessita de "repouso" durante pelo menos dois meses, explicaram ontem em conferência de imprensa os médicos que acompanharam o Papa Francisco.
Em Santa Marta, o Papa será acompanhado também pelos médicos e prosseguirá a medicação administrada por via oral. Além disso, continuará a fazer fisioterapia respiratória e motora.
"O Santo Padre está a melhorar e esperamos que possa regressar à sua atividade normal", reforçaram os médicos. em conferência de imprensa este sábado. "Durante o internamento, o Papa continuou a trabalhar e certamente fá-lo-á também em Santa Marta". Contudo, os encontros com pessoas terão de ser reduzidos ao máximo, devido à necessidade de descansar.
Os médicos adiantaram também que um dos sintomas das pneumonias bilaterais é a perda da voz, como quando se esforça demasiado, pelo que Francisco ainda tem a fala debilitada. "Sobretudo nos pacientes mais idosos, é preciso tempo para que a voz recupere". Apesar disso, também já são registadas melhorias neste campo. "É uma parte normal da convalescença".
De recordar que o Papa Francisco sofreu duas crises respiratórias graves e esteve mesmo em risco de vida. Segundo os médicos, o Santo Padre esteve sempre colaborativo e vigilante durante todos os tratamentos.
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