Obrigar jovens médicos a permanecer no SNS? Bastonário diz que isso irá "destruir o Serviço Nacional de Saúde”

Em resposta à notícia hoje avançada pelo semanário Expresso, que indicava que nos próximos quatro anos o Governo deverá decidir sobre a continuidade dos médicos recém-especialistas no setor público uma vez terminado o período de especialização, o bastonário da Ordem dos Médicos avisa que tal opção irá "destruir o Serviço Nacional de Saúde”.

Governo quer impedir que os jovens médicos fujam dos hospitais públicos, para os privados ou para fora do país, e por isso, escreve este sábado o Expresso que irá "avançar com medidas in extremis". Essas medidas passam pela decisão da permanência dos jovens especialistas no sector público assim que terminem o período de especialização, avança o semanário.

Citada pelo Expresso, a ministra Marta Temido, afirmou apenas que será “equacionada a celebração de pactos de permanência no SNS após a conclusão da futura formação especializada”.

Em resposta a esta notícia, ao Observador, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, avisa que “obrigar os médicos a ficar é destruir o Serviço Nacional de Saúde”.

Adiantando que a Ordem dos Médicos ainda não recebeu nenhuma proposta do Ministério, Miguel Guimarães classifica esta possibilidade como “afronta a todos os médicos".