O processo foi perturbado com acusações do líder da oposição e candidato presidencial Raila Odinga de manipulação informática da contagem para favorecer o presidente cessante, Uhuru Kenyatta.

Mariette Schaake, chefe da missão da União Europeia, afirmou em conferência de imprensa em Nairóbi que as eleições foram “bem organizadas e transparentes”, mas admitiu que as suspeitas da oposição são “sérias” e devem, como tal, ser investigadas.

“Instamos os líderes a pedirem aos seus apoiantes que mantenham a calma enquanto esperam os resultados finais”, disse Schaakee, depois de, na quarta-feira, confrontos entre apoiantes de Odinga e de Kenyatta terem feito dois mortos.

Também o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, chefe da missão de observadores da União Africana, avaliou hoje o processo como “justo e transparente” e pediu que seja dado “tempo à Comissão Eleitoral para terminar a contagem”.

Questionado sobre as alegações de manipulação informática da contagem feitas pela oposição, Mbeki disse que a missão que dirige não vai investigá-las: “Não somos um grupo de investigação, somos uma missão de observação”, disse.

O responsável assegurou, no entanto, ter “grande confiança” na contagem e no processo de comparação dos resultados com as atas eleitorais, o que demonstrará “se houve pirataria” informática.

Thabo Mbeki apelou por isso aos dois principais partidos políticos que “deem tempo à Comissão Eleitoral para terminar a contagem”.

Também o chefe da missão de observação eleitoral da Commonwealth, o ex-presidente ganês John Mahama, considerou hoje que o processo de contagem parece “credível, transparente e inclusivo” e pediu aos quenianos que aguardem com tranquilidade os resultados.

Mahama frisou que os observadores não têm capacidade nem mandato para investigar as acusações do líder da oposição.

Os resultados parciais das eleições de terça-feira, baseados na contagem de 97,5% das assembleias de voto, dão vantagem ao presidente Uhuru Kenyatta.

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