Em declarações à agência Lusa, o vereador da CDU de Gondomar, Daniel Vieira, apontou que "o OE2019 tem uma alínea que abre a possibilidade do alargamento do metro na Área Metropolitana do Porto", mas lamentou que o texto da proposta da tutela "não concretize nem explique melhor o destino".

"Se vier para Gondomar, como queremos acreditar que sim, tanto melhor. Só pedimos que seja explicado. Gondomar não pode ser tratado como um concelho de segunda. Não pode continuar a adiar os seus projetos em detrimento de outros municípios e é preciso reivindicar junto do Governo", disse Daniel Vieira, referindo-se a uma reivindicação, o prolongamento da linha de metro até ao centro de Gondomar, antiga.

O vereador defendeu que "o Município de Gondomar tem de ter uma postura mais exigente em relação à reivindicação metro", considerando-a "uma prioridade na ação e intervenção da Câmara".

"E nós, CDU, fazemos essa proposta no plano de ação para 2019. Gondomar está colado ao centro do Porto. Há muitos anos que a ligação de metro a Gondomar é considerada fundamental. Este OE2019 tem de ser mais claro", reforçou Daniel Vieira que esta tarde promoveu no centro do concelho uma ação de contacto com a população de forma a marcar o primeiro ano de mandato após as autárquicas de 2017.

Nesta ação a CDU aproveitou para fazer um balanço da sua ação na oposição ao executivo PS que governa a Câmara de Gondomar em maioria, descreveu as propostas feitas para o próximo orçamento e plano de ação e distribuiu pelo espaço público panfletos e faixas com a inscrição "Metro em Gondomar Já!".

A CDU/Gondomar defende que a ligação de metro tem de envolver a freguesia de Valbom, ou seja, a coligação PEV/PCP quer que a linha que seja prolongada do Porto até Gondomar passe pelo lado oriental do concelho em direção ao centro, São Cosme.

Atualmente a linha de metro que chega a este concelho é a F, conhecida como 'Linha Laranja', que faz a ligação Senhora da Hora, Matosinhos, até Fânzeres, em Gondomar, passando por Campanhã, no Porto.

O metro é visto pela coligação como um "transporte público importante e estrutural". "Este é um investimento que não é insignificante e de ver pensado a médio e longo prazo", concluiu Daniel Vieira.