Rui Rio dedicou a tarde de hoje às questões da saúde no distrito de Vila Real, onde visitou o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), e aproveitou para falar sobre o orçamento anunciado para o setor no próximo ano. “Tenho seríssimas dúvidas que possa haver uma melhoria do SNS”, afirmou o líder social-democrata.
O presidente do PSD disse não ter “dúvida nenhuma” que a saúde foi o “serviço público” que “mais se degradou” ao longo destes três anos de governação do PS com o Bloco de Esquerda e o PCP.
Rui Rio elencou alguns dos problemas como o aumento das listas de espera para cirurgias e das listas de espera para primeiras consultas, os mais de 700 mil portugueses que não têm médico de família, a carência de investimento e a carência de manutenção dos equipamentos.
“Enfim, há um conjunto alargadíssimo de problemas no SNS, e seguramente, nem que este OE tivesse muito bem feito não ia resolver os problemas que estão acumulados há muito tempo, particularmente nestes últimos três anos”, frisou.
Na sua opinião, o “Governo fará o discurso que lhe compete fazer, dizendo que não está assim tão mal, mas ainda vai ficar menos mal em 2019”.
“Eu tenho sérias dúvidas que se consiga, principalmente num quadro de um orçamento em que a principal preocupação é dar um bodo aos eleitores, tentar conquistar a simpatia dos eleitores porque estamos em ano eleitoral”, sustentou.
O Ministério da Saúde terá no próximo ano 10.922 milhões de euros para gastar, o que corresponde a um aumento de 5%, mais 523 milhões de euros face ao estimado para 2018.
Segundo a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019, a despesa total consolidada para a Saúde é de 10.922,9 milhões de euros.
A proposta de Lei do OE2019, aprovada pelo Governo no sábado, foi entregue na noite de segunda-feira no parlamento, onde será discutida e votada na generalidade a 29 e 30 de outubro. A votação final global está agendada para 29 de novembro.
Comentários