“As forças do governo sírio usaram bombas de fragmentação, amplamente proibidas num ataque à cidade de Termanin, no norte de Idlib, em 06 de outubro, matando dois civis e ferindo outros nove”, disse a HRW em comunicado.

Esta Organização Não Governamental (ONG) assinalou que o ataque fazia parte de uma campanha militar mais ampla liderada pelas forças sírias e russas, aliadas do governo sírio, contra o noroeste da Síria, controlado pela oposição.

Desde o início desta operação, em 05 de outubro, até ao dia 27 do mesmo mês, “morreram pelo menos 70 pessoas, incluindo três trabalhadores humanitários, 27 crianças e 14 mulheres”.

Outras 338 pessoas ficaram feridas e 120 mil foram recentemente deslocadas quando a ofensiva atingiu 2.300 locais em Idlib e no oeste de Alepo, segundo dados do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A última escalada das forças do governo sírio surge em retaliação ao ataque de drones, em 05 de outubro, a uma academia militar em Homs, durante uma cerimónia de cadetes, que matou 120 pessoas.

A utilização pelas forças governamentais sírias de bombas de fragmentação nos ataques contra áreas controladas pela oposição “demonstra quão tragicamente indiscriminadas são estas armas”, segundo o vice-diretor da HRW para o Médio Oriente, Adam Coogle, apontando também para “danos devastadores e duradouros.

O responsável realçou que durante os bombardeamentos contínuos das forças sírias e russas “as crianças de Idlib são mais uma vez vítimas de ações militares cruéis e ilegais”.

Desde o início do conflito armado na Síria em 2012, a HRW registou danos contra civis devido à utilização de bombas de fragmentação pelo governo sírio.

Cerca de 4,5 milhões de pessoas vivem no noroeste da Síria, controlado pela oposição.