“Já é a quarta vez desde o início das operações da Ocean Viking que esperamos por um lugar seguro para desembarcar”, disse num comunicado a SOS Méditerranée, que administra o navio juntamente com os Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Além disso, a nota referiu que os Governos “falharam” na implementação de “um mecanismo de desembarque previsível” e que os acordos alcançados pontualmente para cada ocasião “não podem ser a solução”.
O navio deixou a zona de resgate na costa da Líbia e seguia para o norte. Na manhã de hoje, estava entre a ilha italiana de Lampedusa e Malta.
As duas ONG recusaram-se a levar migrantes para Trípoli, como as autoridades líbias haviam indicado, porque não consideram a Líbia um país seguro.
No final do sábado, depois de a ONG Alarm Phone lançar um alerta sobre uma embarcação em perigo, o Ocean Viking resgatou 68 homens e seis menores não acompanhados nas proximidades de uma plataforma de petróleo.
O segundo resgate, também graças a um aviso do Alarm Phone, permitiu resgatar 102 pessoas, entre as quais quatro mulheres grávidas e nove crianças menores de 16 anos.
“Mais uma vez, teremos de esperar com essas pessoas a bordo”, disse a diretora-geral adjunta da SOS Méditerranée à agência de notícias EFE, sublinhando que parado, o Ocean Viking não pode continuar com seu trabalho de resgate que “tanta falta faz” nessa área.
Vários países liderados pela França e Alemanha concordaram no final de setembro num dispositivo para a distribuição de migrantes resgatados, mas apenas os do Mediterrâneo central.
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