“Neste momento, reitero a importância de nos mantermos focados no nosso trabalho e na execução daquilo que são os objetivos com os quais nos comprometemos, guiados pela excelência que sempre nos caracterizou”, indica António Mexia na missiva hoje enviada aos trabalhadores da EDP e da EDP Renováveis, à qual a Agência Lusa teve acesso.
No 'email', o presidente da EDP assegura que irá, “naturalmente, manter toda a equipa da EDP e da EDPR informada dos desenvolvimentos deste processo”.
A China Three Gorges lançou na sexta-feira uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, o que representa um prémio de 4,82% face ao valor de mercado e avalia a empresa em cerca de 11,9 mil milhões de euros.
António Mexia adianta, na carta aos trabalhadores, que “o Conselho de Administração Executivo da EDP e o Conselho de Administração da EDPR irão pronunciar-se sobre a oportunidade e condições destas ofertas nos respetivos relatórios que deverão ser elaborados no contexto destas OPA”.
A China Three Gorges, que já detém 23,27% do capital social da EDP, pretende manter a empresa com sede em Portugal e cotada na bolsa de Lisboa.
Caso a OPA sobre a EDP tenha sucesso, a China Three Gorges avançará com uma oferta pública obrigatória sobre 100% do capital social da EDP Renováveis, a 7,33 euros por ação, um preço abaixo do valor da última cotação (7,85 euros).
O grupo chinês afirmou, no anúncio preliminar da operação, que só lançará a OPA sobre a EDP se o Governo português não se opuser à operação.
Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, já veio dizer que não tem “nenhuma reserva a opor” a que o grupo chinês realize a OPA sobre a EDP.
“O mercado decidirá. A China Three Gorges é há muitos anos acionista de referência da EDP e não temos nenhuma reserva a opor. As coisas têm corrido bem”, disse António Costa, falando na sexta-feira aos jornalistas aquando da votação nas eleições diretas para o cargo de secretário-geral do PS, na Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL).
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