Em comunicado, a Polícia Judiciária informa que "realizou uma operação policial para cumprimento de mandados de detenção e de buscas, no âmbito de investigação da criminalidade económico-financeira", espoletada por um "inquérito crime titulado pelo Ministério Público - DIAP Regional do Porto".
"Foram executadas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local e diversas empresas nos concelhos de Montalegre, Braga, Famalicão e Vila do Conde, tendo-se procedido à detenção de três indivíduos", informa a nota.
A PJ não revela a identidade dos detidos, mencionando apenas que se tratam de "dois titulares de cargos políticos e um funcionário" e que estão indiciados "pela prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio".
Segundo adiantou a CNN Portugal, uma das pessoas detidas trata-se de Orlando Alves, presidente da câmara municipal de Montalegre. Já o jornal regional O Minho refere que outro dos suspeitos detidos pelas autoridades é David Teixeira, vice-presidente da autarquia, e é também comandante dos Bombeiros Voluntários de Montalegre.
A informação foi mais tarde confirmada pela agência Lusa, junto de fonte policial.
A PJ fez saber que a "investigação versa sobre um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros".
Realizada através da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária e em coordenação com o Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, esta operação teve presentes no local "magistrados judiciais e do Ministério Público", além de "investigadores da Diretoria do Norte e ainda dos Departamentos de Investigação Criminal de Vila Real e de Braga, bem como de peritos financeiros e informáticos de várias estruturas da Polícia Judiciária".
"No decurso da operação policial foi apreendida documentação diversa relativa à prática dos factos e material informático com possível alcance probatório", termina a nota, revelando que "os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas".
[Notícia atualizada às 14:30]
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