Apesar de negar o favorecimento aos empresários, Patrocínio Azevedo assumiu ter recebido quatro relógios de luxo, cada um com um valor entre os 3000 euros e os 4250 euros, que garantiu seriam prendas de Natal do amigo, segundo notícia o Público.

Apesar disso, Azevedo garante ter devolvido os relógio, sendo facto que a Polícia Judiciária não encontrou nas buscas efetuadas os ditos relógios, nem em casa, nem no gabinete na Câmara Municipal de Gaia.

A par destas prendas, segundo o Público, o Ministério Público contabiliza três pagamentos em dinheiro que terão tido como destinatário o então vice-presidente de Gaia, um no valor de 25 mil euros, outro de 99.600 euros e outro de valor não apurado, com o intuito de comprar a influência do autarca no favorecimento de diversos projectos imobiliários, nomeadamente um hotel junto ao Cais de Gaia e o complexo Skyline, composto por uma torre de 30 andares para onde estão projectados apartamentos de luxo e um hotel de cinco estrelas. O complexo inclui ainda um centro de congressos com capacidade para 2500 pessoas e cerca de 600 lugares de estacionamento.

Hoje, a vereadora Marina Mendes viu-lhe ser atribuída o cargo de vice-presidente por parte do presidente da autarquia de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que também anunciou uma redistribuição de pelouros.