"É o culminar de um conjunto de operações policiais, realizadas conjuntamente pela Polícia Municipal e pela PSP, para conter este novo fenómeno, que está a assolar os grandes centros urbanos", traduzido na utilização de colunas de som portáteis, no meio da rua, como forma de animação de muitos notívagos, "sem qualquer observância pela Lei do Ruído", segundo as autoridades municipais.

Tudo começou quando as discotecas fecharam devido à covid-19 e persistiu após a reabertura dos estabelecimentos, motivando "recorrentes reclamações de moradores que se veem privados do seu direito ao descanso".

Em declarações à agência Lusa, o comandante da Polícia Municipal, Leitão da Silva, disse que a “esmagadora maioria” das colunas foi apreendida, no âmbito de uma operação com o nome de código "Bluetooth”, entre as 23:00 e as 04:00 ou 05:00 da madrugada, sobretudo nas zonas da Cordoaria, Virtudes e Galeria de Paris, no centro da cidade do Porto.

Os autos de contraordenação levantados podem traduzir-se em coimas num mínimo de 150 euros e as colunas podem ser declaradas perdidas a favor do Estado, assinalou a fonte.

Leitão da Silva sublinhou a grande facilidade com que hoje se pode produzir ruído na via pública para além do legalmente permitido.

“Basta para tal uma coluna, e algumas têm autonomia até 18 horas, ligando-lhe um telemóvel, pelo sistema ‘bluetooth’. E em alguns casos até se pode fazer ligações em série”, afirmou.

Outros detalhes da operação "Bluetooth” vão ser fornecidos ainda hoje numa conferência de imprensa do presidente da Câmara, Rui Moreira, e do comandante Leitão da Silva.