Os homens, que “são irmãos” e têm “24 e 39 anos”, segundo revelou hoje à agência Lusa fonte do SEF, foram detidos na quinta-feira, na sequência de uma investigação criminal tutelada pelo Ministério Público de Portalegre.

No âmbito da operação, designada como “Kebab”, foram efetuadas “diversas buscas a domicílios e a estabelecimentos de restauração em três localidades alentejanas, Elvas, Portalegre e Campo Maior, e também na zona fronteiriça espanhola”, destacou o SEF, em comunicado.

“Os dois detidos obrigavam os trabalhadores estrangeiros a laborar horas excessivas sem qualquer descanso semanal”, disse.

Segundo o SEF, "mais de uma dezena de trabalhadores” foi detetada “nestas condições".

Estes trabalhadores, “na expectativa de virem a conseguir a legalização documental, pagaram aos detidos avultadas quantias monetárias para obterem contratos de trabalho, ficando assim reféns dos mesmos, numa total dependência financeira, chegando a ter de dormir nos estabelecimentos comerciais”, acrescenta o comunicado.

A operação policial envolveu cerca de 20 inspetores do SEF.

Os detidos foram hoje presentes ao Tribunal Judicial da Comarca de Portalegre, que lhes aplicou diversas medidas de coação, além do termo de identidade e residência.

Apresentações bissemanais, proibição de exercer atividade na área da restauração, encerramento dos estabelecimentos comerciais e proibição de ausência do país por mais de cinco dias são as outras medidas de coação a que ficaram sujeitos, indicou o SEF.

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