Na sexta-feira os SMEAS da Maia, no distrito do Porto, informaram, em comunicado, que foram alvo de buscas pela PJ a 23 de maio, esclarecendo que foram constituídos arguidos o diretor delegado e dois membros da administração do mandato anterior, mas não especificaram os nomes dos visados.

Mas, numa publicação na rede social ‘facebook’, o líder da oposição na Câmara da Maia, Francisco Viera de Carvalho, escreve que os visados são o diretor delegado do SMEAS, Albertino Silva, o chefe de gabinete do presidente da Câmara e ex-vereador, Hernâni Costa Ribeiro, bem como a vereadora e administradora do SMEAS, Ana Miguel Vieira de Carvalho.

A agência Lusa tentou junto dos SMEAS e da Câmara da Maia confirmar estes dados, mas ambos remeteram para os esclarecimentos dados na sexta-feira.

Na sua publicação, Francisco Viera de Carvalho descreve saber que as buscas da PJ ocorreram com cerca de 10 agentes e trataram-se de buscas domiciliárias nas instalações dos SMEAS, tendo sido apreendidos, de acordo com o líder da coligação PS/JPP, “equipamentos e muitos documentos referentes aos últimos cinco anos”.

“Tais buscas tiveram alegadamente como base despesas de centenas de milhares de euros em compras de equipamentos e bens (telemóveis, computadores, canetas, etc.), e ainda com diversas despesas (refeições, hotéis, viagens, automóveis, etc.). Este caso, que me surpreendeu mais uma vez, junta-se já a outras inesperadas surpresas”, lê-se na nota de Vieira de Carvalho, que exige “rigor na gestão de dinheiros públicos”, considerando tratar-se do “garante da equidade e do bem-estar comum”.

“Conforme também já havia declarado, as contas do nosso Município estão muito longe da transparência e do equilíbrio exigido num Estado de Direito. Reitero a confiança na Justiça para apurar os factos e agir em conformidade. Este é a mais um triste episódio para a nossa Maia, mas no que me for possível, tudo farei para que, na Maia, se volte a respirar transparência, seriedade, justiça, igualdade e prosperidade”, termina a nota.

A agência Lusa solicitou uma reação à Câmara da Maia sobre estas declarações, mas esta não quis comentar, voltando a remeter para o comunicado emitido na sexta-feira pelos SMEAS.

Nessa nota, os SMEAS da Maia indicam que “a administração e os visados estão tranquilos e disponíveis para prestar todos os esclarecimentos que forem necessários”, acrescentando que o “procedimento permanece em segredo de justiça”, razão pela qual os serviços consideram “desajustado tecer quaisquer outras considerações”.

Os SMEAS garantiram que a operação da PJ decorreu “sem causar qualquer perturbação no quotidiano”, sublinhando que os serviços prestados à população da Maia não foram afetados.

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