“Anunciamos uma série de ações para dizer a Ortega e à sua mulher, Rosario Murillo, que partam”, declarou o líder estudantil Francisco Martinez em conferência de imprensa.
A greve geral de 24 horas será precedida, na véspera, de uma manifestação, estando ainda prevista uma caravana da oposição pelos principais bairros da capital, Manágua.
A Nicarágua foi palco nos últimos dois meses e meio de uma vaga de manifestações contra o Presidente Daniel Ortega, acusado de ter instaurado uma ditadura juntamente com a sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo, num nepotismo assente na repressão, que já causou entre 220 e 309 mortos e cerca de 1.500 feridos desde 18 de abril.
Um grupo de membros da Comissão Interamericana dos Direitos do Homem iniciou esta semana um inquérito sobre os atos de violência.
Daniel Ortega, ex-guerrilheiro, 72 anos, está no poder desde 2007, após um primeiro mandato de 1979 a 1990.
A oposição, apoiada pela Igreja Católica, que assegura uma mediação com o poder, defende a realização de eleições antecipadas em março de 2019 em vez de 2021.
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