“Nem passaram oito dias da entrada em vigor da [anterior] condenação, que implica nove anos de prisão num estabelecimento de alta segurança, e foram-me apresentadas oficialmente as atas de uma nova acusação”, escreveu na sua conta na rede social Instagram.
Navalny ironizou que o Presidente russo, Vladimir Putin, cujo círculo mais próximo é frequentemente acusado de “corrupção” pelo opositor, afinal não o odeia, mas antes o “adora em segredo”.
Segundo indicou, as autoridades russas acusaram-no de criar um grupo extremista “para fomentar o ódio contra os funcionários e os oligarcas”.
“E quando me prenderam, atrevi-me a expressar o meu inconformismo, e convoquei comícios. Por isso, fui contemplado com 15 anos adicionais”, assinalou.
Com o habitual sarcasmo, Navalny disse que se trata “de outros 15 anos de repouso num ‘bunker’ seguro e estável”, onde estaria a salvo “das surpresas e adversidades desta vossa ‘liberdade'”, onde tudo está tão desorganizado que “pelas ruas caminha gente comum, em vez de guardas prisionais”.
O opositor acrescentou ainda que “quando finalmente Putin iniciar a guerra nuclear”, estará em segurança, porque “ninguém vai pensar em bombardear uma prisão no meio de um pântano”.
“Assim, quando o cimento se derreter no local onde estão, estarei a observar um crepúsculo especialmente belo desde a minha cela. Graças a Putin”, concluiu.
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