“Vamos continuar com a porta aberta a todo o diálogo com os russos. Caso contrário, não há qualquer chance de paz […]. É uma estratégia, estou orgulhoso dela”, respondeu o primeiro-ministro da Hungria, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, depois de ser questionado sobre o encontro com Putin no dia 17 de outubro.
Orbán reuniu-se com o Presidente da Rússia em Pequim (China) e foi o primeiro líder europeu a encontrar-se com o chefe de Estado russo desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Vladimir Putin tem um mandado de detenção internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional. A Hungria, que faz parte daquela instância judicial internacional, tem a obrigação de deter Putin, caso o Presidente russo entre no território húngaro.
A reunião entre Orbán e Putin foi amplamente criticada dentro e fora da União Europeia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, questionou a utilidade do encontro e disse que “não é positivo” para resolver o conflito.
Já o primeiro-ministro cessante do Luxemburgo, Xavier Bettel, criticou o encontro à luz da Ucrânia, “um país que sofre todos os dias”.
Até hoje, a Hungria subscreveu todos os pacotes de sanções contra a Rússia decididos pelas União Europeia, mas Orbán tentou, por várias vezes, suavizar as consequências que teriam para Moscovo e a linguagem utilizada pelos 27.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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