Os animais serão os mesmos que foram vistos há uns dias em frente ao porto de Génova (noroeste) e terão “percorrido 800 quilómetros numa semana", explicou à AFP Clara Monaco, bióloga marinha de Marecamp, uma associação dedicada a atividades desportivas, pedagógicas e de investigação sobre o mar.

O acontecimento foi noticiado na imprensa local, com publicação de vídeos dos animais.

Na sexta-feira, as orcas foram avistadas por Simone Vartuli, um pescador desportivo de 25 anos que se aproximou delas enquanto navegava no seu barco pelo estreito.

"No início fiquei com medo, porque são animais enormes, mas fiquei quase uma hora com elas e acabei por estar muito perto, a aproximadamente um metro", disse à AFP.

"Não se sabe se desceram até à Sicília para encontrar alimentos ou para viajar para o estreito de Gibraltar e depois para o oceano e até à Islândia", disse Clara Monaco.

Segundo a página de Facebook oficial do Estreito de Messina, estas orcas serão da Islândia e este grupo será o primeiro a ter migrado entre aquele país e Itália.

A associação Marecamp está a acompanhar os animais, juntamente com a guarda costeira italiana.

Segundo Clara Monaco, o facto de as orcas se encontrarem no estreito representa um problema devido ao intenso tráfego marítimo nessa área, pelo risco de colisão com as embarcações. A especialista apontou que é importante as pessoas não se aproximem muito dos animais.

As orcas podem ser observadas em todos os oceanos do planeta, mas geralmente concentram-se nas regiões mais frias.

O Mediterrâneo abriga ao todo 11 espécies de cetáceos, diversas consideradas vulneráveis.