“Volvido um ano ainda esperamos sem qualquer justificação. Senhor secretário não podemos esperar mais. Garanta aos farmacêuticos, que sempre responderam prontamente às necessidades do Serviço Regional de Saúde que servem, o cumprimento da legislação e a equidade dos seus pares a nível nacional”, avançou.

Ana Margarida Martins falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na cerimónia da sua tomada de posse enquanto delegada regional da Ordem dos Farmacêuticos, presidida pelo secretário regional da Saúde, Rui Luís.

O decreto-lei que estabelece o regime legal da carreira farmacêutica foi publicado em 30 de agosto de 2017.

Segundo a delegada regional, depois de duas décadas de luta pela diferenciação, os farmacêuticos assistiram em março de 2018 “à implementação da tão almejada carreira em todo o território nacional, com exceção da Região Autónoma dos Açores”.

“Somos farmacêuticos e é assim que temos o direito de ser reconhecidos”, sublinhou Ana Margarida Martins.

Em resposta, o secretário regional da Saúde disse que a carreira farmacêutica seria uma realidade nos Açores “em breve”.

“Toda a análise da especificidade própria da Região Autónoma dos Açores, dos aspetos legais e financeiros, está na sua fase final de análise. Portanto, muito em breve teremos a possibilidade de, junto do sindicato respetivo, termos uma próxima reunião no sentido de ultimar todas essas componentes”, adiantou.

Rui Luís destacou, por outro lado, que este ano todas as unidades de saúde dos Açores com internamento terão um farmacêutico, o que também era uma reivindicação da Ordem.

“Posso aqui garantir-vos que já no ano passado fizemos a contratação de um farmacêutico para a Unidade de Saúde de Santa Maria e este ano já está autorizada a contratação de um farmacêutico para a Graciosa e para a ilha do Pico”, apontou.

Por sua vez, a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, disse que os Açores são “um exemplo em vários domínios” e frisou que, com Rui Luís, “palavra dada é palavra honrada”.

“Sem nunca nos ter prometido aquilo que não poderia prometer, empenhou-se em garantir que, dentro daquilo que é possível ao Governo Regional e que não é irrealista, haveria de facto essa atenção a que nas diversas unidades de saúde da olha estivesse a presença de um farmacêutico”, afirmou, sublinhando a importância desta medida no “reforço da segurança da prestação de cuidados de saúde”.

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