Em comunicado, a organização não-governamental de defesa dos Direitos Humanos condena a “detenção prolongada” e “perseguição” ao ativista, que “defendeu pacificamente uma educação genuinamente bilingue no Tibete, para que a língua e cultura tibetanas possam ser preservadas”.
Tashi Wangchuk compareceu, na semana passada, perante um juiz, na província chinesa de Qinghai, depois de ter aparecido num documentário produzido pelo jornal norte-americano The New York Times (NYT).
“O artigo 4 da Constituição chinesa garante a liberdade de todas as nacionalidades chinesas, para que possam usar os seus idiomas e preservar os seus costumes”, lembra o HRIC.
Este caso é “outro exemplo evidente” do “mau uso do sistema judicial, por parte das autoridades chinesas, como instrumento de opressão”, denuncia a organização.
Os procuradores apresentaram evidências contra o ativista com base no vídeo de nove minutos do NYT, de 2015, que conta como Tashi processou funcionários locais por impedirem o ensino da cultura e língua tibetana.
A versão ‘online’ do NYT está bloqueada na China.
Com apenas cerca de três milhões de habitantes, o Tibete é uma das regiões chinesas mais vulneráveis ao separatismo, com os locais a argumentarem que o território foi durante muito tempo independente até à sua ocupação pelas tropas chinesas em 1951.
Por outro lado, Pequim considera que a região, que tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica é, desde há séculos, parte do território chinês.
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