O magistrado também ordenou que o artista, que esteve presente na audiência, permaneça detido enquanto ocorre o julgamento.

Depois de negar em duas ocasiões sua liberdade mediante pagamento de fiança desde a sua prisão em meados de setembro, o juiz assinalou que sua defesa não havia apresentado nenhum novo pedido de libertação.

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Combs cumprimentou a sua mãe e os seus filhos ao entrar na sala da audiência, antes de ouvir o juiz anunciar o calendário processual.

Paralelamente a este processo penal, o rapper, de 54 anos, também enfrenta uma ação civil apresentada por mais de 120 vítimas, entre elas 25 menores na altura dos factos, que o acusam de agressão sexual, segundo seus advogados.

No tribunal federal de Manhattan, os procuradores acusam Combs de utilizar o seu "império" musical para apoiar um violento sistema de exploração sexual.

O rapper declarou-se inocente. Artista com muitos apelidos e privilégios no mundo da música e dos negócios, P.Diddy é descrito pelas suas alegadas vítimas como um violento predador sexual que utilizava o álcool e as drogas para conseguir sua submissão.

Sean ‘Diddy’ Combs, de 54 anos, vai ser julgado pelos crimes de crime organizado, tráfico sexual e tráfico de seres humanos, pelos quais se declarou inocente.

A acusação alega que o magnata da música coagiu e abusou de mulheres durante anos, com a ajuda de uma rede de associados e funcionários, enquanto usava chantagem e atos violentos, incluindo raptos, incêndios criminosos e espancamentos físicos, para impedir as vítimas de se manifestarem.

No dia da sua detenção, as autoridades confiscaram-lhe o telemóvel e três aparelhos eletrónicos durante uma busca ao quarto de hotel onde estava em Nova Iorque, que se juntou a outros 96 que já tinham sido confiscados em março nas suas casas em Los Angeles e Miami e outros nove que tinha consigo enquanto estava num aeroporto privado na Florida, segundo a estação ABC.

À chegada ao tribunal, vindo da prisão federal do distrito de Brooklyn, onde estão detidos outros presos famosos como o ex-secretário de Segurança Nacional do México, Genaro García Luna, que será condenado este mês, ou o rei das criptomoedas Sam Bankman-Fiedm, que cumpre pena, o rapper abraçou os seus advogados, noticiou o canal 7 da ABC.

A procuradora Emily Johnson disse ao juiz que também foi enviada uma intimação em março passado à empresa de Combs, a Combs Global, que ainda está a entregar documentos aos procuradores.

Os advogados do rapper apresentaram esta semana uma moção a pedir uma audiência acusando o governo de ter libertado para os ‘media’ um vídeo no qual Combs esmurrava e pontapeava a sua ex-namorada, a cantora de R&B Cassie, no corredor de um hotel em 2016.

Segundo a defesa, a divulgação do vídeo foi "altamente prejudicial" para o seu cliente porque pode influenciar os membros do júri do caso e privá-lo de um julgamento justo.

*Com agências