Em declarações à Lusa, Jorge Guedes, representante da comissão instaladora da Associação de Pais, disse que a sua paciência se "esgotou" devido ao atraso no início das obras.

Na quinta-feira à noite, os pais deslocaram-se à escola e constataram que se verificou um abatimento de piso que terá provocado várias fissuras visíveis nas paredes.

O problema estrutural, explicou à Lusa, poderá dever-se a uma linha de água que passa debaixo do estabelecimento de ensino. Face à situação atual, os encarregados de educação dizem admitir tomar "medidas mais drásticas" se as obras não avançarem rapidamente.

Carlos Cardoso, aluno do 11.º ano, explicou à Lusa que o abatimento do piso na sala de convívio ocorreu no ano letivo 2015/2016 e que a acumulação de água debaixo da estrutura provocou fissuras nas paredes da secretaria, que teve de ser transferida para o auditório.

Segundo o estudante, o acesso à sala de convívio está restrito à utilização do bar. Os cerca de 600 alunos, admitiu, temem pela sua segurança.

A direção do estabelecimento não prestou declarações sobre o assunto.

Sobre aquela situação na Escola Secundária de Alpendurada, que foi inaugurada em 2001, a presidente da Câmara de Marco de Canaveses, Cristina Vieira, informou que tem acompanhado o processo desde que tomou posse em outubro.

Segundo apurou a autarquia junto da tutela da Educação, a resolução do problema "encontra-se a aguardar que sejam desbloqueados os fundos orçamentais necessários para posterior envio do procedimento a parecer do Tribunal de Contas, prevendo-se que este último seja resolvido a curto prazo".

"O Município de Marco de Canaveses e a sua presidente, Dra. Cristina Vieira, continuarão a acompanhar de perto o assunto e envidar esforços para a resolução da questão e podemos ainda adiantar que seremos informados pelo Governo de Portugal assim que existam condições para o início da obra", lê-se num esclarecimento enviado à Lusa pelo município.